Muito machucado, empresário foi encontrado amarrado e com queimaduras.
Ex-vítima de sequestradores deu pistas à polícia e ajudou no resgate.
O brasileiro Osmar Pereira, 58, que foi refém durante 48 horas por uma quadrilha de nigerianos na África do Sul, foi encontrado muito machucado, amarrado e com sinais de queimadura pelo corpo, que segundo a polícial local, teriam sido provocadas por um ferro de passar roupa.A polícia chegou ao cativeiro através da ajuda de um empresário da Coreia do Sul, que também havia sido alvo de sequestro da mesma quadrilha, e foi libertado há uma semana após pagamento de resgate. A vítima deu todos os detalhes e ajudou a polícia a chegar ao local, uma casa localizada em um bairro de classe média.
Policiais da divisão anti-sequestro tiveram dificuldade em achar Pereira. Após revistarem três quartos da casa, cheggaram na parte de baixo da residência e tiveram que arrebentar uma grade para encontrar um pequeno quarto onde o brasileiro e os sequestradores, que se entregaram sem resistência, estavam escondidos.
Casa que serviu de cativeiro do brasileiro
Pereira foi encontrado ferido e amarrado em um colchão, segundo a polícia. No carpete do quarto, foram manchas de sangue. Pereira gritava muito por socorro na hora da chegada dos policiais. Assim que foi resgatado, o empresário foi imediatamente encaminhado para o hospital mais próximo, mas já recebeu alta e descansa em um hotel. O brasileiro não pode dar entrevistas e está sob cuidado policial.
O brasileiro deve ficar pelo menos mais uma semana no país, antes de retornar para o Brasil. A informação foi divulgada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (28).
Golpe
Pereira foi sequestrado assim que chegou na Africa do Sul. Vítima de um golpe, Pereira foi sequestrado na última terça-feira (25). Ele cruzou o Oceano Atlântico para fechar um suposto negócio milionário. Os africanos ofereceram US$ 4 milhões (equivalente a R$ 7,3 milhões) pela compra de portas de madeira para a reconstrução do Iraque.
O valor oferecido, de acordo com o embaixador José Vicente Pimentel, costuma ser o dobro do preço de mercado. Executivo da empresa Terra Industrial S.A., Osmar viajou para bater o martelo na negociação. Ao chegar ao aeroporto internacional OR Tambo, em Joanesburgo, foi colocado num carro e só então percebeu que tinha sido enganado.
Após dois dias no cativeiro, o grupo não havia conseguido convencer a empresa a pagar o resgate.
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