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sábado, 29 de maio de 2010

Brasileiro sequestrado na África do Sul sofreu maus-tratos no cativeiro

Muito machucado, empresário foi encontrado amarrado e com queimaduras.
Ex-vítima de sequestradores deu pistas à polícia e ajudou no resgate.

O brasileiro Osmar Pereira, 58, que foi refém durante 48 horas por uma quadrilha de nigerianos na África do Sul, foi encontrado muito machucado, amarrado e com sinais de queimadura pelo corpo, que segundo a polícial local, teriam sido provocadas por um ferro de passar roupa.

A polícia chegou ao cativeiro através da ajuda de um empresário da Coreia do Sul, que também havia sido alvo de sequestro da mesma quadrilha, e foi libertado há uma semana após pagamento de resgate. A vítima deu todos os detalhes e ajudou a polícia a chegar ao local, uma casa localizada em um bairro de classe média.

Policiais da divisão anti-sequestro tiveram dificuldade em achar Pereira. Após revistarem três quartos da casa, cheggaram na parte de baixo da residência e tiveram que arrebentar uma grade para encontrar um pequeno quarto onde o brasileiro e os sequestradores, que se entregaram sem resistência, estavam escondidos.

Casa que serviu de cativeiro do brasileiro 
Casa que serviu de cativeiro do brasileiro

Pereira foi encontrado ferido e amarrado em um colchão, segundo a polícia. No carpete do quarto, foram manchas de sangue. Pereira gritava muito por socorro na hora da chegada dos policiais. Assim que foi resgatado, o empresário foi imediatamente encaminhado para o hospital mais próximo, mas já recebeu alta e descansa em um hotel. O brasileiro não pode dar entrevistas e está sob cuidado policial.

O brasileiro deve ficar pelo menos mais uma semana no país, antes de retornar para o Brasil. A informação foi divulgada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (28).

Golpe
Pereira foi sequestrado assim que chegou na Africa do Sul. Vítima de um golpe, Pereira foi sequestrado na última terça-feira (25). Ele cruzou o Oceano Atlântico para fechar um suposto negócio milionário. Os africanos ofereceram US$ 4 milhões (equivalente a R$ 7,3 milhões) pela compra de portas de madeira para a reconstrução do Iraque.
O valor oferecido, de acordo com o embaixador José Vicente Pimentel, costuma ser o dobro do preço de mercado. Executivo da empresa Terra Industrial S.A., Osmar viajou para bater o martelo na negociação. Ao chegar ao aeroporto internacional OR Tambo, em Joanesburgo, foi colocado num carro e só então percebeu que tinha sido enganado.
Após dois dias no cativeiro, o grupo não havia conseguido convencer a empresa a pagar o resgate.

 

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