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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Moradores improvisam para carregar o que restou após chuva em AL

Enchente deixa cidade de Murici sem água e energia elétrica.
Destruição das casas provocou uma clareira na região central do município.


Morador usa bicicleta para levar antena parabólica 
Morador usa bicicleta para levar antena parabólica (Foto: Glauco Araújo/G1)
 
Cerca de cinco mil casas foram destruídas pela força da água do Rio Mundaú, em Murici (AL), desde a chuva de sexta-feira (18). Segundo o Corpo de Bombeiros, seis corpos de vítimas foram encontrados na cidade até a noite desta quarta-feira (23). O hospital municipal da cidade é um dos poucos na região que permaneceu inteiro após o temporal. Isso provocou uma corrida de moradores de outras cidades para receber atendimento médico no município. Em todo o estado, 29 pessoas morreram. Pernambuco também foi fortemente atingido pelas chuvas, e registrou 16 mortes.'

A escola da cidade de Branquinha (AL) vai sediar um hospital de campanha, o que deve desafogar o alto movimento no hospital de Murici. Homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros de Alagoas começaram a atender a população da região nesta quarta-feira. Uma equipe de médicos do Grupo de Resgate e Atendimento às Urgências (Grau), de São Paulo, está na região para ajudar no processo.
Na região central da cidade, o cenário que mais chama a atenção é a clareira que se formou no local após a destruição de todos os imóveis. Os pedestres ainda se arriscam a andar pelos trilhos da ferrovia, também destruída, para tentar atravessar os destroços.

Desde domingo (20), quando o nível do Rio Mundaú começou a baixar, os moradores voltaram para as casas destruídas na tentativa de resgatar algum móvel, eletroeletrônicos ou roupas. Nesta quarta-feira, os moradores repetiram a nova rotina. Até voltaram a realizar a feira livre na parte alta da cidade, mas o público foi baixo.
Uma das farmácias atingidas pela força da água provoca curiosidade para quem passava pelo local. O imóvel passa por cima do leito de um pequeno córrego e ficou sem chão após a enxurrada. Apenas as paredes e parte do telhado permaneceram inteiros.

Menina e a mãe caminham sobre trilhos suspensos em Murici 
Menina e a mãe caminham sobre trilhos suspensos em Murici (Foto: Glauco Araújo/G1)
 
A parte baixa da cidade está sem eletricidade, telefone e água potável. Os moradores da parte alta afirmam que a energia e a telefonia fixa voltaram ao normal.
Os moradores improvisam transportes de carga para tentar salvar o pouco que restou dos escombros das casas. Muitos usam carriolas para levar TV, outros usam bicicletas para salvar a antena parabólica e alguns montam carroças para levar roupas e pequenos objetos recuperados da destruição.

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