O PT protocolou na tarde desta segunda-feira (14) na Polícia Federal, em Brasília, um pedido de instauração de inquérito para apurar a suposta quebra de sigilo fiscal e financeiro do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira. De acordo com reportagem do último dia 12, publicada no jornal Folha de S. Paulo, a “equipe de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff teria reunido documentos sigilosos sobre o político.
O jornal diz que obteve comprovantes de depósitos na conta de Eduardo Jorge no valor de R$ 3,9 milhões, além de outras informações sobre seu Imposto de Renda. O conjunto de documentos sobre o vice-presidente do PSDB seria um dos três que integrariam um dossiê encomendado pelo PT sobre o partido rival. Um dos alvos seria o candidato do PSDB à Presidência, José Serra.
A polêmica sobre os supostos dossiês teve início há duas semanas. Segundo reportagens publicadas nos últimos dias, o núcleo da pré-campanha de Dilma teria inclusive tentado contratar arapongas para integrar um grupo de espionagem. Os tucanos reagiram e querem que o Ministério Público e a Polícia Federal apurem as denúncias.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, negou a existência de supostas novas espionagens. O líder do partido disse que, do ponto de vista eleitoral, não faria sentido qualquer investigação sobre Eduardo Jorge.
- Vamos abstrair. Por que alguém em uma campanha eleitoral iria fazer um dossiê contra o Eduardo Jorge? Qual seria o efeito eleitoral disso? Eu sinceramente não entendo.
Em nota divulgada hoje, o PT reafirmou que nem o partido nem a coordenação da pré-campanha “autorizaram, orientaram, encomendaram, solicitaram,ordenaram ou tomaram conhecimento de qualquer ação dessa natureza”.
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