Cineasta Iara Lee desembarcou na Turquia.
Grupo de 527 ativistas foi deportado de Israel em aviões civis turcos.
Chegou na noite desta quarta-feira (2, horário local) a Istambul, na Turquia, a cineasta Iara Lee. Ela é a única brasileira entre os quase 600 ativistas que tentaram furar o bloqueio da Faixa de Gaza na última segunda-feira (31) e foram interceptados com violência pelas forças de Israel. Após desembarcar na Turquia.“Foi muito surpreendente. Foi um 'Apocalipse Now' o que a gente presenciou. Como se tivesse numa guerra declarada. Os israelenses entraram com equipamentos e armas como se fosse a 3º Guerra Mundial”, afirmou a brasileira.
Os três aviões civis que levavam 527 ativistas deportados de Israel chegaram na madrugada desta quinta-feira (3) a Istambul. As aeronaves pousaram às 2h40 locais (20h40 de quarta-feira, 2, de Brasília).
A cineasta Iara Lee, que estava no barco atacado por tropas israelenses na segunda-feira (31), estava no comboio. Ainda não se sabe qual será o destino da ativista depois disso. Ela deverá receber auxílio do corpo diplomático brasileiro na Turquia.
O governo israelense havia prometido que todos os ativistas estariam fora do país até o fim do dia. Cerca de 125 outros militantes expulsos por Israel fora transferidos para a Jordânia através do posto de fronteira de Allenby.
A cineasta brasileira Iara Lee desembarca em Istambul.
srael completou a deportação dos ativistas detidos na abordagem a uma frota que pretendia levar mantimentos à Faixa de Gaza, e reiterou sua intenção de conter qualquer outra embarcação que tente furar o bloqueio à região.
Em meio à revolta internacional pela morte de nove ativistas no incidente, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, visitou soldados envolvidos na ação e disse a eles: "Vim em nome do governo israelense dizer obrigado."
Israel argumentou que seus soldados agiram em legítima defesa, por terem sido agredidos com canos e facas pelos ativistas quando desciam de helicóptero no navio turco Mavi Marmara, na madrugada de segunda-feira.
Veja mapa da região.
Apesar de analistas terem apontado falhas táticas na operação, Barak elogiou a atuação dos soldados sob circunstâncias tão complicadas.
Com aval dos EUA, o Conselho de Segurança da ONU pediu uma investigação imparcial das mortes na frota humanitária, cujas embarcações e ativistas eram majoritariamente turcos.
Especula-se em Israel que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu irá nomear uma comissão judicial para determinar se os militares erraram ao não levarem em conta a resistência que os ativistas ofereceriam no Mavi Marmara.
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